Direitos Humanos e Responsabilidade Empresarial
1) Introdução e molduras
A «Human Rights» baseia-se em três blocos:1. O dever do Estado de proteger os direitos;
2. A responsabilidade das empresas de respeitar os direitos;
3. Acesso aos recursos.
Para a empresa, isso significa identificar os riscos sistematicamente, prevenir violações, fornecer canais de reclamação e reparação, reportar publicamente os progressos. A abordagem vale para todas as funções, desde marketing e contratação até desenvolvimento de produtos e infraestrutura de pagamentos.
2) Políticas e princípios (o que fixar por escrito)
Declaração de Respeito aos Direitos Humanos (aprovada pelo bordão), vinculada ao Código de Ética.
Não discriminação e igualdade de oportunidades (remuneração, acessibilidade, condições de trabalho razoáveis).
Liberdade de associação e negociação coletiva; Respeito ao papel dos sindicatos/representantes.
Proibição do trabalho infantil e forçado; política contra as formas modernas de escravidão.
Privacidade e proteção de dados (transparência, minimização, segurança).
Publicidade responsável e ética iGaming (não meta grupos vulneráveis, honestidade off).
Liberdade de expressão e moderação de conteúdo (medidas proporcionais compreensíveis).
IA responsável (não discriminação, explicabilidade dos modelos, supervisão humana).
Proteger os informantes e proibir a repressão.
3) HRIA: avaliação do impacto sobre os direitos humanos (Human Rights Impacto Assessment)
1. Mapeamento de steakhalders: funcionários, empreiteiros, jogadores/clientes, afiliados, fornecedores de jogos/pagamentos, comunidades locais.
2. Identificação de riscos significativos (saliens risks): onde a probabilidade/gravidade dos efeitos é máxima.
3. Avaliação geográfica (zonas de conflito, instituições fracas, altos riscos de corrupção).
4. Prioridade e plano de medidas (avoid-prevent-mitigate-remediate).
5. Reavaliação anual e em grandes mudanças (novos mercados, M&A, novas categorias de alimentos).
4) Matriz de riscos significativos (exemplo para iGaming/Fintech)
5) Boa-fé adequada (Human Rights Doe Diligence) - ciclo operacional
Passo 1. Políticas e papéis: políticas de direitos humanos aprovadas; O detentor da função (Head of Human Rights/ESG) e o comitê de funções cruzadas.
Passo 2. Identificação: HRIA, mapa de processos/cadeias de fornecimento, mapa de dados.
Passo 3. Avaliação e prioridade: técnica de gravidade/probabilidade + vulnerabilidade do grupo.
Passo 4. Incorporação em processos: compras, marketing, produto, IA, segurança, recrutamento.
Passo 5. Monitoramento e indicadores: dashboard KPI, auditorias internas, verificações independentes.
Passo 6. Mensagens e correções: canais de queixa, anistia, reparação.
Passo 7. Relatórios e melhorias: relatório anual, CAPA, atualização da matriz de risco.
6) Cadeia de fornecimento e Código de Fornecedor
A proibição do trabalho forçado e infantil; salário não inferior ao mínimo de vida da região; relógio razoável; liberdade de associação; Condições de segurança.
Verificações: Autoestima + auditorias independentes de países de risco/categorias.
Ferramentas contratuais: direito de auditoria, ação corretiva, anulação em violações graves.
Rastreamento: lista de subcontratantes (tier-2), pontos de contato para queixas no idioma nativo.
Remediação, um plano para resolver as violações que envolvem as vítimas.
7) Privacidade e direitos digitais
Transparência: políticas compreensíveis, dicionário de categorias de dados e objetivos.
DPIA/PIA: Avaliação de riscos para direitos e liberdades em novas fichas, perfis e IA.
Minimizar e limitar os objetivos: apenas os dados necessários e os prazos de armazenamento.
Segurança padrão: criptografia, controle de acesso, auditoria, plano de notificação de fuga.
Direitos de sujeito: acesso, correção, remoção, objeção de perfil - com SLA claro.
8) IA responsável e algoritmos anti-discriminação
Política de Austeridade AI: proibição da discriminação oculta; A explicabilidade das decisões, especialmente para limites, acréscimos, bónus.
Testes de justiça e à deriva: verificações regulares de bias, monitoramento de métricas (falso positivo/negativo) por segmentos.
Human-in-the-loop: possibilidade de escalar pessoas e apelar aos usuários.
Limite atributos sensíveis, excluindo ou processando proxy corretamente.
9) Jogo responsável e marketing (especificidades iGaming)
Barreiras de idade, auto-exclusão, limites de depósito/tempo, «refrigeração».
Proibição da meta de grupos vulneráveis (endividados, dependência, menores).
Publicidade justa, sem promessas de ganhos fáceis, termos de bónus transparentes.
Dados do jogador: Separar análise comportamental de dados pessoais, usar agregação/pseudônimo.
10) Canais de queixa e recurso (Grievance Mechanisms)
Acessibilidade: canais anónimos e nomeados 24/7, multilingues, online/offline.
Previsibilidade: SLA confirmação (7 dias), avaliação primária (30), resultado/resposta intermediária (90).
Independência: exclusão de conflitos de interesse; possibilidade de mediação/arbitragem externa.
Remediar: compensações, correção de registros/dados, alteração de políticas/controles.
Sem represálias, protecção de queixas fiéis.
11) Controle e RACI
12) Métricas e dashboard
Incidentes e queixas: quantidade, estrutura, proporção de confirmados, tempo médio de fechamento.
DI: equilíbrio de gênero/etnia por nível, disparidade de pagamento.
Cadeia de fornecimento:% dos fornecedores que assinaram o Código;% dos que foram auditados em áreas de risco; CAPA fechado.
Privacidade: SLA em DSR, número de DPIA, vazamentos/near-miss.
Resolvível Gaming: proporção de auto-exclusões, cumprimento de limites, intervenções bem sucedidas.
Resolvível AI: Resultados dos testes fairness, número de apelações e revisões de decisões.
Treinamento: cobertura de treinamento (HR/DEI/Private/AI/Marketing Ethics).
13) Relatórios e comunicações
Relatório Anual de Direitos Humanos/ESG: riscos essenciais, malas, medidas e progressos sobre o KPI.
Princípios de transparência: não encobrir malas complexas; descrever lições e mudanças.
Comunicação com comunidades: consultas locais antes de grandes alterações (escritório, data center, marketing de campanha).
14) Exemplo de reservas (fatias)
Declaração de respeito aos direitos humanos: "A empresa compromete-se a respeitar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente em todas as operações e cadeias de fornecimento; as violações são consideradas uma responsabilidade disciplinar grave".
Fornecedores: "O fornecedor confirma o cumprimento do Código do Fornecedor e permite verificações independentes; as violações graves acarretam a suspensão e/ou anulação do contrato".
IA responsável: «Decisões que afetam interesses significativos do usuário devem ser explicadas e revisadas quando solicitadas».
Queixas: "Os canais confidenciais estão disponíveis sem risco de represálias; confirmação em 7 dias, resposta final em 90 dias ou relatório intermediário".
15) Folha de cheque de implementação (90-120 dias)
1. Aprovar a política e nomear o dono da direção (ESG/Human Rights Lead).
2. Fazer um screening de risco e mini-HRIA para os principais mercados/processos.
3. Iniciar os canais de queixa e atualizar a Política de Informantes.
4. Implementar o Código do Fornecedor, adicionar reservas aos contratos novos/renováveis.
5. Incorporar o cheque AI DPIA/Poupível no processo de saída do fich.
6. Treinar gerentes (DEI, anti-assédio, Resolvível Gaming, Private).
7. Configure o dashboard com o KPI e o Management Review trimestral.
8. Publicar um resumo e um plano de melhorias.
16) Documentos relacionados
Código de Ética e Conduta
Política de Informações e Proteção do Pessoal
Normas anti-corrupção e ISO 37001
Política de privacidade e proteção de dados
Responsible AI Policy
Responsible Gaming Policy
Código de fornecedor
Saída
O respeito aos direitos humanos não é uma auditoria única, mas um ciclo permanente de gestão: avaliar → incorporar aos processos → monitorizar → responder → reportar. Para as plataformas iGaming/fintech, é crítico focar-se em publicidade e grupos vulneráveis, privacidade e IA, direitos trabalhistas na cadeia de fornecimento e recursos eficazes. Políticas claras, canais de queixa compreensíveis, KPI medido e relatórios abertos transformam os valores em práticas e protegem as pessoas - e, com elas, a reputação dos negócios.